A origem etmimológica da palavra educar é colocar para fora. Pôr para fora, nada mais é que do que, o exercício do despertar das qualidades, valores originais do ser, bem como a criação do ambiente propício para o seu desenvolvimento.
Se partirmos do pressuposto de que a criança não tem paciência, boas maneiras, organização, etc., e que cabe ao educador criar estas qualidades nela, o trabalho será extremamente estafante para ambos, porque a premissa inicial é negativa. Mas se, em vez disto, a criança é vista, como um ser rico internamente, que possui em sí todas as qualidades mais belas, como amor, paz harmonia, etc., só caberá ao educador despertar essas qualidades, através de uma estimulação constante, com confiança no que há de melhor nela. Esta percepção, que parte de um princípio positivo, gerará nova energia fluindo do professor para o aluno numa relação de respeito, amor e cumplicidade. A criança precisa ser relembrada do que ela é, como ser, originalmente cheio de qualidades e este relembrar deve ser reforçado na forma da correção de um erro. Por exemplo, jamais afirmar algo negativo que a criança expresse como a sua verdade: Você é teimoso! - Você é desastrado! Mas, ao contrário,, questionar com ela: - Onde está o amor que existe dentro de você? Ou - Onde está a sua paz?
Neste momento a criança buscará o seu melhor e isto a auxiliará na construção de sua auto-estima.
O amor é a principal fórmula facilitadora do processo educativo e sem uma visão positiva é impossível fluir este sentimento.
Sempre que houver tempo, atenção especial deverá ser dada a cada criança individualmente. Se não há proximidade pessoal, o laço efetivo é fraco e sem afetividade a criança não responde bem às propostas. Na sala de aula, uma palavra, um gesto de atenção e preocupação do professor com o bem-estar do aluno são muito eficientes. É uma postura interna que virá da percepção do valor de cada criança e de sua beleza interior.
Uma outra idéia é fazer uma reunião em círculo com a turma e dedicar algum tempo para elogiar cada criança, ressaltar algo de positivo em cada uma delas. Se isto for sempre repetido, as crianças passarão a ver coisas boas nelas mesmas tanto quanto nas outras crianças e irão expressá-las. Estas afirmações também podem ser escritas em um livro especial para isto. As crianças adoram quando vêem as suas qualidades valorizadas e com isto elas tendem a repetir estas ações, mesmo que não haja recompensa para elas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua mensagem sobre nossas postagens